O complexo industrial abandonado na região do Cubatão começou a ser demolido nessa sexta-feira, dia 15, assim como foi anunciado em primeira mão pelo Tribuna de Itapira na edição de ontem. O início dos trabalhos coloca fim a um longo período de problemas sociais e de segurança pública e só foi possível após tramitação de processos na justiça e empenho do setor público municipal.
Após decisão judicial do último dia 6, concedido pela juíza da 1ª Vara da Comarca, Vanessa Aparecida Bueno, que autorizou, com tutela de urgência, a Prefeitura demolir o complexo industrial abandonado, o governo municipal iniciou as medidas para a contratação de uma empresa para a realização do serviço. Os trâmites foram concluídos na tarde de quarta-feira, dia 13, e a data do início da demolição foi marcada para o dia 15. As máquinas começaram o trabalho logo pela manhã, derrubando diversas estruturas. Equipes da Defesa Civil e da Guarda Civil Municipal, bem como o Serviço de Abordagem Social da Secretaria de Promoção Social, deram suporte à empresa responsável pelo trabalho.
A Secretaria de Promoção Social passou os últimos dias realizando um trabalho de abordagem com as pessoas que moravam e utilizavam as estruturas, comunicando dos trabalhos que seriam realizados pelo local e pedindo a evacuação. Mesmo assim, alguns moradores foram encontrados no local no início da demolição, mas a situação foi resolvida sem maiores problemas. De acordo com a Secretária de Promoção Social Regina Ramil, para todos foi oferecido opção de abrigo nos serviços municipais e passagem para a cidade de origem para as duas pessoas que são de fora.
“Depois de obter liminar para o proprietário demolir o imóvel e de diversas tentativas de solução amigável, conseguimos essa autorização que nos permite finalmente solucionar esse problema”, celebrou o prefeito Toninho Bellini. O imbróglio envolvendo a demolição do prédio ocorre desde março, quando a Justiça acatou uma ação da Prefeitura determinou aos responsáveis pelo galpão para que eles fizessem o trabalho. Porém, após tentativas infrutíferas de negociação, em maio a prefeitura fez um novo pedido para que ela mesma pudesse fazer a demolição e consequentemente cobrar dos responsáveis os referidos custos.
Uma retroescavadeira deu início à derrubada das grandes estruturas. Segundo apurado, a conclusão dos trabalhos, com a demolição total do complexo e limpeza de toda a área, irá demorar cerca de 30 dias. Os custos da obra, que posteriormente serão cobrados do proprietário, devem superar as estimativas iniciais, ultrapassando os R$ 100 mil. No início da tramitação legal dos processos, no mês de março, os terrenos contavam com 34 autuações e reincidências somando R$ 3,8 milhões em multas e dívida de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Fotos: Tribuna de Itapira/Paulo Bellini
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