Depois da publicação da reportagem do Tribuna, expondo uma grave falha na Estação de Tratamento de Esgoto de Itapira e que os resíduos estariam sendo despejados no Ribeirão da Penha, um grande número de moradores, de diversos bairros aqui da cidade, enviaram mensagens com relatos de que os problemas com a rede de esgoto e os serviços do Saae também estão presentes dentro da área urbana.

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A situação com problema de esgoto pode ser facilmente percebida devido ao mau cheiro, sendo esta justamente a situação relatada pelos moradores. Todos os locais envolvem estações elevatórias e de bombeamento de esgoto dos bairros que ficam ou próximas de córregos ou do próprio Ribeirão da Penha.

No caso do Jardim Santa Marta, o dispositivo do Saae se localiza ao final da Avenida Lions Club, exatamente ao lado do córrego que corta o bairro. De acordo com os relatos dos moradores, o fedor em alguns dias chega a ser insuportável e prejudica até as atividades de lazer no “zerão”. Um ponto de destaque que foi citado pelos populares é que nunca houve mau cheiro de esgoto no trecho e que o fato vem ocorrendo há alguns meses nessa atual gestão. Os moradores também informaram que fizeram repetidas reclamações diretamente no Saae.

Uma outra região que foi alvo de reclamações pelos moradores foi a do Nosso Teto e a do Flávio Zacchi. Segundo os relatos, o local sempre teve problema de mau cheiro e nunca foi resolvido a situação. O dispositivo do Saae se localiza na Rua Pedro Mandato, bem próximo da divisa dos bairros e do Ribeirão da Penha. Os moradores, inclusive, disseram que o fedor piorou após uma obra em um coletor tronco realizada recentemente pelo Saae em trecho da Avenida Ari Wilson Cremasco, trabalhos que deveriam ter o resultado oposto em relação ao mau cheiro no trecho.

Reclamações também chegaram até a reportagem da região do Istor Luppi. O cheiro de esgoto também vem sendo sentido pelos moradores, principalmente aqueles que residem mais próximo da área do rio, que contorna um trecho considerável dos bairros.

Uma fonte consultada pelo Tribuna, confidenciou que as estações elevatórias estão com todos os seus equipamentos deteriorados, os quais não dão conta de executar a sua função, fazendo com que o esgoto acabe sendo despejado direto no córrego ou rio. A necessidade seria de substituição das bombas.

Essa questão de esgoto sendo jogado diretamente no rio, conforme o documento que o Tribuna teve acesso, é algo que já vem acontecendo há um bom tempo na atual administração municipal. Segundo a CETESB, a presença de sólidos sedimentáveis no efluente final da Estação de Tratamento de Esgoto está acima do padrão legal nos últimos seis meses.

No Nosso Teto e Flávio Zacchi, segundo os moradores, a situação que já era difícil ficou ainda pior nos últimos tempos – Foto Paulo Bellini/Tribuna

Saae

Consultado a respeito da situação, o atual Presidente da autarquia, Carlos Vitório Boretti de Ornellas, avaliou que no decorrer do dia, por causa de fatores climáticos, pode ocorrer a existência de cheiro de esgoto durante o período do dia, mas em sua opinião, é algo pontual. “Nunca devemos nos esquecer que se trata de estação de esgoto”, apontou.

Onrellas assegurou que não existe qualquer problema de manutenção relacionado ao caso. “Realizamos constantemente o trabalho de manutenção corretiva e até mesmo preventiva, exatamente para evitar que ocorra alguma situação indesejada”, garantiu.

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