O Procon de Itapira, em parceria com o órgão de São Paulo, emitiu um documento que possui orientações preventivas para evitar que os consumidores caiam em golpes na chamada Black Friday, dia de descontos que irá ocorrer nos comércios, tanto físicos como online, em sua grande maioria, nessa sexta-feira, dia 25. No ano passado, mais de 700 reclamações foram registradas no Estado de São Paulo, com os principais motivos sendo: Atraso ou não entrega do produto; Pedido cancelado; Mudança de preço; Maquiagem de desconto; Indisponibilidade do produto ou serviço.

some text


Como todos muito sabem, uma piada bem famosa ronda sempre essa época de promoção, a chamada “black fraude”, justamente pela grande quantidade de reclamações por parte dos consumidores. O material do Procon busca evitar essa situação. “A piada tem fundamento sim. Esse dia de promoção doi puxado de uma tradição americana. Aqui no Brasil, muitas vezes, nem é um dia de promoção. O que se vê é um mês todo de Black Friday. O Procon está passando as informações para ninguém cair na “black fraude””, comentou a Coordenadora do Procon de Itapira, Gabriela Bernardes da Silva Stefanini.

Em 2021 as empresas que mais tiveram reclamações por parte dos consumidores foram: Americanas; Submarino; Shoptime; Sou Barato; Casas Bahia; Pontofrio; Extra; Magazine Luiza; Carrefour; Etna. Segundo Gabriela uma dica muito importante para as compras é sempre monitorar aquele produto de interesse, para verificar se o preço está realmente mais barato.

“Deve-se verificar com meses de antecedência o valor do produto para ver no dia se tem desconto mesmo. As lojas as vezes sobem os preços e depois anunciam um grande desconto, que na verdade é uma falsa promoção, e ai é a questão da “black fraude. Se for comprar pela internet, uma opção é abrir uma guia anônima, para não haver controle do fluxo de dados, e verificar os preços. Tudo é monitorado na internet”.

Outra questão levantada pela Coordenadora, que sempre verifica essa situação, é a compra por impulso. “A pessoa deixa se levar pela promoção, compra e depois vê que não tem condições. Se isso for feito em loja física, a devolução não será uma opção possível”. Também é importante o consumidor verificar a questão da nota fiscal, pois é através dela que reclamações podem ser formalizadas a partir dos dados, tanto do fornecedor como produto, que constam sempre no documento.

COMÉRCIO

Segundo apurado pela reportagem, em Itapira, ainda não houve uma ocorrência de reclamação envolvendo Black Friday e estabelecimentos locais. O que ocorre é um grande fluxo de dúvidas antes do dia “D” da promoção, tanto por parte dos consumidores como também pelos lojistas.

“Os comerciantes também ficam apreensivos nessas datas pois o fluxo de consumo aumenta muito. Eles se preocupam, por exemplo, com divulgações que, às vezes, por erro de digitação, saem informações erradas. Mas o Procon também dá um suporte para eles. Basta realizar procedimentos junto ao órgão que o comércio fica protegido”.

ONLINE

A grande maioria das reclamações envolvem compras realizadas em sites. “Ao comprar pela internet, o consumidor deve estar alerta para a existência de sites e perfis de redes sociais falsos ou aqueles que oferecem ofertas enganosas. Os dados do fornecedor devem ser checados antes de qualquer compra ou contratação – observar se a empresa tem endereço físico, consultar o CNPJ no site da Receita Federal e verificar se foi criada há poucos dias são medidas importantes”, descreve o material emitido pelo Procon.

Em vista desse grande número de reclamações, o Procon produziu uma “lista negra” de sites que devem ser evitados na hora de compras online. Nessa lista, estão apontados sites que possuem registros de passagem pelo sistema de atendimento do órgão, não sendo indicadas como confiáveis. “Se a pessoa vê um anuncio e quer comprar, deve ir checar antes na lista. Se caso o endereço estiver presente, corre o risco de cair em golpe”, orientou Gabriela.

O site que deve ser acessado é o sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php, que possui 41 páginas de sites suspeitos. O consumidor não deve clicar em links enviados por e-mail, deve-se evitar compras pelo WhatsApp, atentar-se ao selo de verificação da loja e tomar cuidado com mensagens, e-mails e outros.

PAGAMENTO

A hora do pagamento da compra é também uma possibilidade de não cair em golpe. No caso do boleto o consumidor deve conferir todos os dados antes de finalizar o pagamento, como o nome da empresa, data, CNPJ, etc. Essa conferência também deve ser realizada no pagamento via PIX. No caso de pagamento por cartão, na compra virtual, é possível pagar mediante o cartão de crédito digital, trazendo mais segurança. Caso a compra seja física, o consumidor deve estar atento ao pagamento por aproximação e os limites do cartão.

Deixe seu comentário

Seu e-mail não será publicado.