O Pronto Socorro do Hospital Municipal somou 3.562 atendimentos somente nos 11 primeiros dias de 2022. A grande procura pelo serviço tem causado demora no atendimento, que chegou a ser de cinco horas em momentos de pico, e muitas reclamações pelas redes sociais. O número de atendimento já é 62,7% maior que o mesmo período do mês passado, quando o local recebeu 2.189 pessoas. Os números foram repassados pela assessoria de comunicação da Prefeitura de Itapira.

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Segundo os dados a maior procura nesses 11 primeiros dias de janeiro foi na segunda-feira, 10, com o registro de 448 pacientes, sendo a maioria, 335 pessoas, procurando o HM entre 07h00 às 19h00, e 113 durante as outras 12 horas. Aliás, dos 3,5 mil usuários, 2,5 mil foram até a unidade entre 07h00 às 19h00 e 1 mil entre 19h00 às 7h00. 

O Secretário de Saúde, Vladen Vieira informou que 80% dos casos que tem chegado no pronto socorro do Hospital Municipal tem sido de síndrome gripal. Disse que o efetivo do Pronto Socorro é de três médico ao longo do dia e dois durante a noite. “Em novembro quando juntamos os dois prontos socorros, o geral e o de síndrome gripal, tínhamos em média 87 atendimentos. Em dezembro a média foi de cerca de 200. Agora em janeiro vai dar na faixa de 350 por dia. 80% desses atendimentos é síndrome gripal. E o que está gerando esse pânico é que a população já está assustada por causa do Covid-19, que está aumentando. Porém, não vimos neurose coletiva na hora de aglomerar e fazer festa. Tudo que estamos vivendo é consequência da liberação desenfreada que ocorreu a partir do dia 03 de dezembro. Sem contar que tem muita gente atrás de atestado médico”, criticou.

Sobre os casos de falta de médicos ou poucos atendimentos nos postos de saúde Vieira informou que há falta de cinco médico para compor o quadro profissional da rede, e que um outro profissional médico está afastado por Covid-19. A Prefeitura está com concurso público aberto para contratação de mais profissionais.

VÍDEO

Na terça-feira, um vídeo rodou pelas redes sociais sobre um médico que supostamente estaria deixando o serviço. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que na madrugada de terça-feira, após receber inúmeras ameaças da população um dos médicos deixou o plantão escoltado pelas forças policiais da cidade. O profissional é de responsabilidade da empresa terceirizada contratada e segundo o setor de comunicação da Prefeitura o caso já foi relatado para que as devidas medidas cabíveis sejam tomadas.

O atendimento dos pacientes foi conduzido pelo outro plantonista e a população não ficou sem assistência médica. O atraso no atendimento era de aproximadamente cinco horas devido ao fluxo intenso e também algumas intercorrências de emergência que demandaram atenção total da equipe.

“Contudo, o relatório da equipe de enfermagem informa que por diversas vezes alguns pacientes que aguardavam atendimento atacaram a equipe com palavras de baixo calão, chegaram a invadir o setor de enfermagem e até mesmo a chutar a porta do Pronto Socorro, momento em que foi necessário a Polícia Militar intervir. A Secretaria Municipal de Saúde reforça que o caso já foi relatado à empresa responsável para que medidas cabíveis sejam tomadas em relação ao médico, mas também repudia a atitude de quem ofende ou tenta agredir a equipe de saúde que está no local para atender a população que necessita de assistência médica”, descreve nota.

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