A Secretaria Municipal de Saúde iniciou a instalação das armadilhas de auto disseminação de larvicidas em Itapira para o combate ao mosquito transmissor da dengue. Conforme foi definido pela pasta, três regiões do município irão receber as 1.440 armadilhas adquiridas.

A primeira armadilha foi instalada na casa de Isabel Robles Diniz, moradora do Assad Alcici, na manhã de terça-feira, 22. Estavam presentes agentes da Vigilância Epidemiológica e a Secretária de Saúde Maria Sueli Rocha Longhi. O momento foi tratado como de suma importância para o combate da doença.
Locais
Foram definidas três regiões do município para receberem as armadilhas, sendo estas o Complexo Pé no Chão, Complexo Vila Ilze e Parte do Complexo dos Prados.
Segundo a Prefeitura, a seleção dos bairros foi feita de acordo com a série histórica de casos de dengue nos últimos 10 anos, sendo escolhidos aqueles que apresentaram maior número de confirmações da doença no período.
A previsão é que seja instalada uma armadilha a cada cinco casas na rua do bairro selecionado. Equipes da Saúde fazem a visita e precisam receber a autorização do morador para que a armadilha seja instalada na residência. De acordo com a Prefeitura, o responsável pode recusar se quiser e não ter a armadilha em sua casa.
A Saúde reforçou que as armadilhas não apresentam nenhum risco para as pessoas e animais. A cada dois meses o larvicida deverá ser trocado, sendo o procedimento realizado somente por um agente credenciado.
O Complexo Pé no Chão inclui os bairros Assad Alcici, Della Rocha I, Jardim Itapuã, Jardim Nossa Senhora Aparecida, Jardim Soares, João de Barros, Juscelino Kubitscheck, Parque São Lucas, São Benedito e Vila Esperança.
Já o Complexo Vila Ilze conta com os bairros Jardim Bonfim, Jardim Esplanada, Jardim Isaura, Jardim Itamaracá, Jardim Ivete, Jardim Magali, Jardim Raquel, Jardim Tropical, Jardim Yara, Parque São Francisco, Vila Ilze e Vila Vieira.
O Complexo dos Prados tem em sua relação so bairros Dr. José Secchi, Elizeu do Espírito Santo, Jardim Camboriú, Jardim Guarujá, Jardim Itapema, Jardim Lindóia, Jardim Macucos, Jardim Paraíso, Jardim Planalto, Parque Felicidade, Parque Fortaleza, Parque Progresso, Parque São Jorge, Prados e Rancho Feliz.
Pior fica de fora
Apesar da Prefeitura determinar a instalação das armadilhas com base em um histórico de dados dos últimos 10 anos, a região que atualmente, neste ano de 2025, lidera em número de casos positivos de dengue em Itapira como possível local de infecção ficou de fora da programação.
O Complexo Braz Cavenaghi, conforme atualização da Saúde no dia 22 de abril, acumula 119 casos positivos da doença neste ano e não consta na programação da Prefeitura para receber as armadilhas. Estão inseridos nesse complexo os seguintes bairros: Alonso Carmona Ortiz, Boa Vista II, Braz Cavenaghi, Caiobá, Campo Belo, Haldi, Hélio Nicolai, Jardim Bela Vista, Jardim Esmeralda, Jardim Levatti, José Casimiro Rodrigues, Mario Cêga, Morada do Sol, Nenê Cêga, Nova Itapira, Pires, Rubens Ferian, Salgados, Santa Cruz, Santa Fé, Santa Marta, e Villagio Verona.
Na sequência em número de contaminações aparece o Complexo dos Prados com 92 casos – região que assim como foi informado pela Prefeitura está com apenas uma parte inserida na programação de instalação das armadilhas.
Na terceira colocação das regiões com maior número de casos de dengue aparece o Complexo Central, com 60 casos, área que também não consta na programação da Prefeitura.
O Complexo Pé no Chão, que irá receber as armadilhas, aparece em quarto com 40 casos e o Complexo Vila Ilze é só o sexto com 21 casos, atrás ainda do Complexo Rural que tem 29 casos e também não será atendido.
Custos
Foram adquiridas 1.440 unidades das armadilhas – que são plásticas, de auto disseminação ao custo de R$ 306,00 a unidade, totalizando R$ 440.640,00, e outros 8.640 saches – que seriam os refis bioativos de larvicidas para serem colocados nas armadilhas, ao custo de R$108,83 cada, totalizando R$ 940.291,20. O “kit”, composto por uma armadilha e mais seis unidades de saches com os inseticidas terá custo de R$ 958,98 cada. Ao todo foram gastos R$ 1.38 milhão na ação.

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