O Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) passou a utilizar, desde a semana passada, um novo produto químico no processo de tratamento da água. O cloro gás, empregado diariamente como agente oxidante e desinfetante, foi substituído pelo dióxido de cloro.
O cloro gás é um produto químico que, apesar de armazenado e transportado na forma liquefeita, pode voltar ao estado gasoso rapidamente em casos de vazamento. Nesta situação, formaria uma nuvem tóxica que se espalharia com facilidade e provocaria problemas à saúde.
“Essa sempre foi uma grande preocupação minha, tendo em vista que o cloro gás era utilizado na Estação de Tratamento de Água, que se encontra localizada no Parque Juca Mulato, uma região densamente povoada. Com a utilização do produto químico dióxido de cloro, a periculosidade foi reduzida a zero”, explicou o presidente da autarquia, Carlos Vitório Boretti de Ornellas.
O dióxido de cloro apresenta elevado potencial oxidante e desinfetante, além de não formar trihalometanos e ácidos haloacéticos, compostos que causam danos à saúde. Pode ainda ser utilizado na oxidação de ferro e manganês encontrados na água e é muito efetivo no controle de compostos fenólicos causadores de gosto e odor.
O produto será gerado no próprio Saae através da mistura de ácido clorídrico com o clorito de sódio. A troca dos produtos também atende recomendação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que durante vistoria realizada em maio deste ano na ETA (Estação de Tratamento de Água), sugeriu que fosse substituído o cloro gás por hipoclorito de sódio ou dióxido de cloro ou a geração ‘in situ’ de cloro – em qualquer um deles há redução no risco gerado.
Desde então, a autarquia realizou testes com todos os produtos químicos indicados e chegou à conclusão que o dióxido de cloro foi o que atendeu de forma mais eficaz e satisfatória as necessidades. A empresa Sabará Químicos e Ingredientes, de Santa Bárbara D´Oeste, é a responsável pelos serviços especializados para a geração de dióxido de cloro.
O trabalho compreende, através de sistema de produção ‘in loco’, o fornecimento em comodato de gerador de dióxido de cloro, equipamentos, acessórios e insumos necessários, instalação do sistema, start-up, manutenções preventivas e corretivas, treinamento de pessoal e acompanhamento. O contrato tem validade de um ano e o valor investido pela autarquia é de R$ 2.314.000,00.
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