Itapira completa nesse domingo 34 dias sem chuva. O tempo seco que tem afetado a vida dos cidadãos tem sido observado, e, principalmente, sentido pela população devido ao clima seco e abafado, com temperaturas elevadas para o inverno. O motivo é uma massa de ar seco que ganhou força ainda em maio e se encontra na região Central e no Sudeste do país.

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No município o último dia de chuva foi em 21 de junho. Segundo o índice pluviométrico do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), foram registrados 3 milímetros de precipitação durante uma hora. Aliás, mês passado foram contabilizados um total de 7,3mm. Valor abaixo da média do mês (34,3mm) levando em conta os 24 anos de registro da autarquia.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) publicou na sexta-feira um aviso de perigo iminente devido à baixa umidade do ar que deve ficar entre 20% e 30% no município. Apesar de apresentar pouco risco de incêndio ou à saúde, o instituto recomenda beber bastante líquido, evite desgaste físico nas horas mais secas e evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia. Segundo o Inmet, hoje a temperatura deve ficar entre 15º e 30º, com umidade relativa do ar entre 50% e 20%.

A massa de ar seco está presente do Sudeste até o Centro-oeste, passando por partes do Sul e do Nordeste. E tem impedido a chegada das frentes frias que vêm do extremo Sul do Brasil e das que estão nos litorais nordestino e nortista. Ao entrar em colisão com essa massa de ar seco, elas perdem força.

A falta de chuva também afeta diretamente o abastecimento de água. No município o ponto de captação no Ribeirão da Penha, na Avenida dos Italianos, marcava na sexta-feira uma profundidade de 1,42 metro, o que é uma situação confortável.  “O nível está seguro e o ribeirão tem se comportado conforme gente espera. Mas, evidente que estamos atentos e monitorando o dia todo e diariamente”, comentou o presidente do Saae Carlos Vitório Boretti de Ornellas.

Ano passado, devido á crise hídrica, foi necessário a realização de captação de água em lagoas situadas em propriedades particulares para suprir o ribeirão. Ornellas lembrou que esse plano não está sendo cogitado no momento. “No ano passado fizemos acordo com proprietários das áreas com as lagoas, e adquirimos os equipamentos. E está tudo em standby. Se precisar estamos equipados. Apesar de estarmos em uma situação boa, o consumo consciente da água não pode ser deixado de lado. Independente de não estar com problemas, temos que saber usar a água”, frisou.

QUEIMADAS

O tempo seco favorece também a formação de incêndios. Segundo o comandante da defesa Civil, Ronaldo Ramos da Silva, são em média quatro queimadas por dia. “Estamos falando de queimada mesmo, não de princípio de incêndio. São queimadas de média e grande proporção. A mais extensa dos últimos dias na região da Usina, sentido antigo morro do cruzeiro, onde demandou dois dias de trabalho. E também na semana retrasada na região da Usina na mata próxima à Praça da Árvore”, contou. 

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