A campanha de vacinação contra Covid-19 em Itapira completa um ano nessa sexta-feira, 21 de janeiro. Desde o ato simbólico no Hospital Municipal onde quatro profissionais da saúde receberam as primeiras doses de CoronaVac que chegaram ao município, 81,5% da população geral da cidade, ou seja, 61.338 pessoas contam com o esquema vacinal completo. As informações são do sistema Vacivida do Governo Estadual, atualizadas às 13h00 de quarta-feira.
O esquema vacinal completo corresponde a duas doses das vacinas Pfizer, CoronaVac ou Astrazêneca, ou então uma dose da Jassen. Depois de um ano, Itapira já aplicou 150.904 vacinas, sendo 62.137 de primeira dose, 59.487 de segunda, 27.429 de terceira e 1.851 de única. A campanha foi apontada diversas vezes pelos profissionais da saúde como responsável pela diminuição dos óbitos e barreira para quebrar ou dificultar a circulação do coronavírus.
Os números apresentados pelos boletins epidemiológicos da Secretaria de Saúde apontam na mesma direção. O mês mais letal da pandemia em Itapira foi abril de 2021, quando se registrou 51 óbitos, frente a 1.139 casos confirmados. No dia 16 daquele mês, por exemplo, a cobertura vacinal era de 7,5%, ou 5,6 mil indivíduos, a maioria deles profissionais da saúde, já com duas doses.
Em dezembro foram 122 casos positivos e nenhuma morte confirmada, com uma cobertura de quase 80%. Esse mês de janeiro, apesar da disparada dos casos – foram 866 positivados em 20 dias – nenhum óbito está em investigação, e uma vítima fatal foi confirmada. “Foi um ano cansativo, estressante, mas foi muito gratificante ver a porcentagem de vacinados subindo, e o óbitos caindo. Isso valeu a pena”, resumiu a responsável pela vigilância epidemiológica, Josemary Cipola.
Ela estava presente no primeiro dia de vacinação, no Hospital Municipal, em 21 de janeiro de 2021. Quatro profissionais da saúde da rede pública municipal, todos da linha de frente do combate à síndrome respiratória, receberam a primeira dose: a Técnica de Enfermagem Selma Helena Teodoro Pachioni; o Médico Infectologista Carlos Humberto Rezende Póvoa; o Técnico de Raio-X Benedito Aparecido Ferreira Mello; e o Médico Ginecologista Francisco Paulo dos Santos Trotta.
A campanha passou imediatamente a aplicar os imunizantes em todos os profissionais da rede pública e privada que atuavam na linha de frente ao combate da Covid-19. Em seguida foi montado um posto fixo no parque Juca Mulato, onde a população passou a ser vacinada de acordo com o risco que a doença representa, levando em consideração a faixa etária ou então se a pessoa era portadora de comorbidades. Em junho houve uma alteração, o Ginásio José Bonifácio Coutinho Nogueira, no bairro Humberto Carlos Passarela passou a receber a população. Em janeiro de 2022 a vacinação passou a acontecer nos postos de saúde.
Josemary, que já tomou as três doses e não testou positivo nenhuma vez, relembra diversos fatos. “Foram vários momentos marcantes e até engraçados. Ainda temos uma mesa guardada que foi quebrada por uma senhora com uma bengalada no parque Juca Mulato. Mas o momento que até agora me emociona mais, foi quando começou a vacinação com jovens menores de 17 anos, que chegavam com a família no ginásio Coutinho para serem vacinados”, relembrou.
“A vigilância não dorme, sempre estamos atento a um surto ou alguma doença. A qualquer momento as coisas podem acontecer, a nossa vida (dos profissionais da vigilância) é vigiar”, definiu.
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