Os 41 casos positivos de dengue em 2022, e o resultado de 3,1 apontado no último ADL (Avaliação de Densidade Larvária) realizado em abril, colocaram a Vigilância Epidemiológica e o setor de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde em estado de alerta. Somente na última semana, segundo boletim epidemiológico repassado pelo setor de comunicação da Prefeitura, foram 16 novos positivados.

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“A gente está com transmissão sustentada, ou seja, com casos acontecendo consecutivamente durante quatro semanas, dentro da cidade. E temos visto, que já estamos com positivados em diversos bairros, a dengue está se espalhando. Corremos o risco de uma epidemia. Só no fim de semana tivemos três positivos”, alertou em entrevista ao Tribuna de Itapira, a responsável pelo setor de vigilância Josemary Apolinário.

O ADL realizado entre 4 e 15 de abril, com busca de criadouros em 1.189 residências, apontou um índice de 3,1, ou seja, 3,1% dos imóveis visitados contavam com larvas do mosquito transmissor da doença. Segundo o Ministério da Saúde, o índice é considerado satisfatório quando fica abaixo de 1%. Entre 1% e 3,9% a situação é de alerta. Foram achadas 46 amostras de larvas, 41 era do mosquito Aedes Aegypt. Em novembro do ano passado, o índice era de 1,1.

“Teve casa onde foram achados mais de um criadouro. No local dos casos positivos fazemos bloqueio e busca ativa, e também achamos larvas. A gente alerta sobre os riscos, mas vemos o número de casos crescer”, disse Josemary.

Segundo o relatório epidemiológico divulgado pelo setor na última sexta-feira, ao todo Itapira conta com 95 notificações e 41 casos confirmados. 33 deles são autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do município. Quatro são importados: Lagoa da Confusão-TO; Rio de Janeiro-RJ; Londrina-PR; Araraquara-SP. Outros quatro casos são incertos, de pessoas que podem ter contraído a doença em Itapira ou alguma outra cidade que visitaram, como Mogi Guaçu (2), Franca (1) e Vargem Bonita-MG (1).

O bairro que mais conta com positivados em Itapira é o Della Rocha I, com nove no total. Flávio Zacchi tem quatro. João de Barro, Jardim Progresso e Penha do Rio do Peixe contabilizam três cada. Parque Felicidade tem dois. Os bairros Braz Cavenaghi, Centro, Humberto Carlos Passarela, Jardim Ivete, Jardim Paraíso, Juscelino Kubitschek, Recanto do Bié II, Santa Cruz e Santo Antônio registram um cada.  Segundo o boletim da vigilância não há nenhuma notificação de Chikungunya ou Zika vírus, assim como confirmações dessas doenças.

“Desde o último boletim divulgado no dia 20 de abril foram registrados 16 novos casos. Os pacientes têm idade entre 5 e 67 anos. Todos se recuperam em casa. A busca ativa de suspeitos e bloqueio de criadouros já foram iniciados nos bairros afetados”, descreve comunicado da prefeitura de Itapira.

ADL

A avaliação realizada pela equipe da vigilância, apontou que na área 1, composta pelos bairros Jardim Guarujá, Jardim Progresso, Jardim Lindóia, Parque São Jorge, Santa Terezinha, Parque Fortaleza, Prados, Vila Pereira, São Vicente, Centro, Santa Cruz, Parque São Lucas, Jardim Soares, Bela Vista, Santa Marta, Santa Fé, Della Rocha, Brás Cavenaghi, Hélio Nicolai, Della Rocha, Nosso Teto e Assad Alcici, o resultado foi 3,53. No setor 2, referentes aos bairros: Isto Luppi; José Tonolli; Vila Secchi; Macumbê; Vila Maria; Cubatão; Jardim Raquel; Parque São Francisco; Vila Izaura; Flávio Zacchi; Humberto Carlos Passarella; Penha do Rio do Peixe; Figueiredo e Jardim Galego – o índice ficou em 2,69.

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