A Divisão de Vigilância Epidemiológica e o Setor de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde entraram em estado de alerta para a possibilidade de aumento dos casos de dengue. Apesar de somente sete positivações oficializadas este ano, o principal motivo foi o resultado da ADL (Avaliação de Densidade Larvária) – também conhecida como LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) – de outubro, que apontou para um índice de 1,1.

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O número representa que 1,1% dos imóveis visitados possuíam larvas do mosquito transmissor da doença. Segundo o Ministério da Saúde, o índice é considerado satisfatório quando fica abaixo de 1%. Entre 1% e 3,9%, a situação representa alerta. Já o risco de surto é estabelecido quando é igual ou superior a 4%. Em junho, entre os dias 1 e 31, a ADL itapirense havia registrado 0,4.

Entre 1 e 15 de outubro, as equipes de Controle de Vetores vistoriaram 1.185 imóveis em busca de criadouros com ou sem água e encontraram 19 amostras de larvas – 14 eram do Aedes, que transmite a dengue, zika e chikungunya. “Temos notado o descuido da população. Quando começamos a fazer o levantamento, nem tinha começado a chover. Provavelmente se fizéssemos hoje, ou na semana passada, o índice iria ser maior ainda”, analisou a responsável pela Vigilância Epidemiológica, Josemary Apolinário Cipola.

Para ela, “isso (o índice) preocupa. Em outubro não era para estar tão alto. Normalmente quando você fala muito de uma doença, acaba que esquecendo de outra. Foi o que aconteceu com a Covid-19 e a dengue. E agora, além das pessoas terem deixado criadouros aparecer, estão viajando, saindo e circulando. Sabemos que estão sendo registrados muitos casos de dengue em outras regiões, como o litoral, por exemplo”.

Segundo a Vigilância, os principais criadouros encontrados nas visitas foram pratos de vasos de plantas, latas, plásticos, frascos, garrafas, baldes e regadores. O clima quente e as chuvas mais constantes representam situação propícia para o desenvolvimento do mosquito. A prevenção da dengue e outras doenças provocadas pelo Aedes ocorre por meio da eliminação dos criadouros e da água parada.  

Durante o levantamento foram visitados 587 imóveis na área 1, que atingiu ADL de 1,36. A região é composta pelos bairros Jardim Guarujá, Jardim Progresso, Jardim Lindoia, Parque São Jorge, Santa Terezinha, Parque Fortaleza, Prados, Vila Pereira, São Vicente, Centro, Santa Cruz, Parque São Lucas, Jardim Soares, Bela Vista, Jardim Santa Marta, Santa Fé, Della Rocha, Brás Cavenaghi, Hélio Nicolai, Nosso Teto e Assad Alcici, gerando um resultado de resultado foi de 1,36.

No setor 2, com 598 imóveis, o resultado foi de 0,84. A área compreende Isto Luppi, José Tonolli, Vila Secchi, Macumbê, Vila Maria, Cubatão, Jardim Raquel, Parque São Francisco, Vila Izaura, Flávio Zacchi, Humberto Carlos Passarella, Penha do Rio do Peixe, Vila Figueiredo e Jardim Galego. Este ano já foram confirmados sete casos de dengue, quatro deles autóctones – contraídos dentro do município.

Os positivados residem em quatro bairros diferentes: Humberto Carlos Passarela, Jardim Lindoia, Jardim Yara e Jardim Raquel. Outros três casos foram classificados como importados, de Fernandópolis-SP, Guarujá-SP e João Pessoa-PB. Ao todo foram 153 notificações da doença, além de uma suspeita para chikungunya, mas com resultado negativo.

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