Com a queda acentuada dos casos de Covid-19 e, consequentemente, das internações provocadas pela doença, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou que o Hospital da Solidariedade ‘Dr. Luiz Otávio de Barros Vieira’ será desmobilizado oficialmente no próximo dia 30. A medida faz parte do processo de otimização das equipes médica e de enfermagem da rede municipal. A informação foi dada pelo Jornal Tribuna de Itapira na edição de quinta-feira, dia 23.

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A decisão vinha sendo desenhada desde a última semana e foi confirmada na terça (21) pelo secretário municipal de Saúde, Vladen Vieira. Ele salientou que não se trata da desativação do espaço, que começou a ser montado em março e iniciou os atendimentos em abril. “Todo aparato necessário para o atendimento continuará lá (no Hospital da Solidariedade). Só iremos retirar aquilo que pode vir a ser furtado caso o local seja alvo de ladrões. Esperamos que não precisemos reativar, mas se for necessário, em dois dias estará 100% pronto”, esclareceu.

No final de agosto a Secretaria de Saúde já havia efetuado a redução da equipe clínica disponível no HS. Ao invés de dois médicos desde a inauguração, a unidade passou a ter somente um. Desde então a demanda caiu ainda mais e nos 20 primeiros dias de setembro, a média ficou em menos de 10 atendimentos diários. Em junho, o local chegou a receber mais de 130 pessoas com suspeita de Covid-19.

“Também temos que ser responsáveis com os gastos do dinheiro público e com uma demanda tão baixa, não faz sentido manter os profissionais mobilizados no Hospital da Solidariedade. Eles irão para o Pronto-Socorro do Hospital Municipal, enquanto que os pacientes com Covid continuarão sendo tratados no Pronto-Socorro de Síndromes Gripais ‘David Moro’”, afirmou Vieira.

O secretário assegurou que a mudança não representará prejuízo algum para a população que eventualmente necessitar de atendimento para casos de síndromes gripais. Vieira adiantou que a estrutura que já existia antes da instalação do Hospital da Solidariedade segue à disposição. “O Hospital da Solidariedade cumpriu a missão dele e foi importante para que pudéssemos organizar a estrutura de atendimento no pior momento da pandemia. Mas agora, felizmente, podemos atender adequadamente a população sem o suporte da unidade”, ponderou.

Quanto aos 12 leitos montados no HS, o secretário disse que quando for definido que a unidade não ficará mais de sobreaviso para voltar a operar caso necessário, as macas, monitores e demais aparelhos equiparão a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal, para melhoria tanto do atendimento aos pacientes quanto das condições de trabalho da equipe. Já o espaço físico será aproveitado para a instalação de um novo serviço ligado à saúde. “Nada do que foi mobilizado lá será em vão. Tudo estará sendo revertido em favor da população”, acrescentou.

PICO

De acordo com os números apresentados pela Secretaria de Saúde, o pico de atendimento no Hospital da Solidariedade foi registrado em junho, quando mais de 2,65 mil procedimentos foram realizados no espaço. Em julho e agosto, a demanda sofreu queda significativa: 1,75 mil e 872, respectivamente. A instalação do HS recebeu mais de R$ 250 mil em investimentos e boa parte foi fruto de doações de equipamentos pela iniciativa privada.

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