Um grupo de moradores do condomínio São Judas Tadeu, no Cubatão, cobra providências da prefeitura para solucionar problemas que vão da falta de água à sujeira que se espalha pelas calçadas do condomínio. A reportagem do TRIBUNA DE ITAPIRA esteve no local e ouviu os reclamos dos moradores.

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Decorridos pouco mais de dois anos depois de uma intervenção urbanística que revitalizou todos os 08 blocos do condomínio, com troca de escadas, reparos pontuais e até uma pintura nova na fachada, moradores convivem com novos e antigos problemas.

“A água acaba sete da manhã e só volta oito da noite e ainda sim sem pressão. A situação está insuportável”, disse Nalva de Souza, do Bloco 3. Diversos moradores ao perceberem a presença da reportagem do TRIBUNA também aproveitaram para fazer reclamações. A questão da água e da limpeza foram espécie de unanimidade.

O químico Vanderlei Godoy, também do Bloco 3, acredita que a falta de água, que segundo ele é constante, guarda relação com a desativação e desmontagem, no final de 2019, da enorme caixa de água que existia no local. “Desde que retiraram a caixa de água a falta de água em sido uma constante”, teorizou. Edilene Maria também expressou a mesma suposição. “Falta de água se tornou crônica depois que retiraram a caixa de água.

A moradora Doraci Barbosa preferiu apontar a sujeita nas calçadas. “Acredito que nem na cracolândia em São Paulo exista algo tão abandonado como isso aqui”, disse apontando para o monte de entulho localizado na calçada em frente ao condomínio onde reside. Ela e outras moradoras apontaram ainda para caçambas e recipientes onde moradores depositam o lixo cuja datas de recolhimento naquele condomínio são a terça, quinta-feira. “Eles recolhem somente o que está por cima. Com certeza tem lixo de 90 dias atrás aí”, apontou a moradora Izilda Zimmerman, uma das moradoras mais antigas do condomínio. Ela e as colegas atribuem os sacos e sacolas violados como ação de catadores de material reciclável. “Os moços da coleta de lixo dizem que se as sacolas estiverem rasgadas não recolhem. Já reclamei na prefeitura, já estive no SAAE e no entanto, ninguém toma providência”, reclamou Izilda.

Uma moradora que se identificou como Ana Paula reclamou de luminárias queimadas e também do entulho. “Faz pelo menos uns 30 dias que isso está aí desse jeito”, comentou, a indicar restos de móveis e um sofá inteiro jogado na calçada. A respeito das luminárias, ela acrescentou que uma iluminação menos eficiente contribuiu para aumentar a sensação de insegurança dos moradores.

Colaboração

Em resposta a questionamentos enviados pelo TRIBUNA a respeito dos problemas apresentados pelos moradores, a assessoria de comunicação informou que tanto a Cleanmax (empresa que faz a coleta do lixo doméstico) quanto a Secretaria de Serviços Públicos estão atentas às demandas reclamadas. O maior problema segundo os órgãos públicos, decorre por causa do descarte irregular de materiais inservíveis, fora das datas já divulgadas para a retirada dos entulhos de origem vegetal.

“Os cronogramas de coleta de lixo, recicláveis e de entulhos vegetais executados pela Cleanmax, Ascorsi e Secretaria de Serviços Públicos, respectivamente, são cumpridos”, disse a assessoria de comunicação da prefeitura em nota. “Porém, muitas vezes ocorre o descarte irregular fora das datas pré-estabelecidas que ocasionam esse transtorno”, reforçou.

Ainda conforme aquilo que foi informado, uma equipe da própria Secretaria de Serviços Públicos iniciou ontem, dia 6,a retirada de entulhos vegetais (galhos, podas, móveis) e a Cleanmax já foi acionada para reforçar a limpeza das lixeiras.

SAAE

Sobre a falta de água, a Assessoria de Comunicação aferiu que o SAAE admitiu a existência de problemas pontuais relativos ao abastecimento causados por vazamentos na rede que atende o condomínio e que por causa disso foi necessário interromper momentaneamente o fornecimento de água. “Na semana passada houve pelo menos 05 episódios de vazamentos que necessitaram de interrupção do abastecimento para reparo. Como o abastecimento é direto pela rua, esse fechamento pode afetar também a pressão da água até que a água volte a fluir normalmente pelas redes” diz o comunicado.

Moradores decidiram se manifestar – Tribuna
Dona Doraci mostra entulho na calçada – Tribuna

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