Na semana em que foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06), os holofotes foram dirigidos aqui na cidade para iniciativas pontuais que são tradicionalmente encampadas pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA) com o viés de conscientização.

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Uma ação em particular, no entanto, tem sido incentivada em nível de uma outra secretaria, a de Esportes e Lazer (SEL), e ganhou forma a partir da atuação dos professores responsáveis pela formação dos futuros nomes do atletismo de Itapira, sendo Nivaldo Marques, 57, e Rodrigo da Costa Vicente, de 47 anos.

Sem alarde nenhum, os dois tem colocado em prática um projeto de arborização iniciado há 10 aos atrás e que transformou a pista de atletismo que dá nome ao saudoso e inesquecível professor José de Oliveira Barreto Sobrinho, localizado no bairro Santa Fé. Nivaldo e Rodrigo estimam que nestes anos cerca de 1.500 mudas de árvore foram plantadas no local. “Acho que se formos considerar aquelas mudas que vingaram, seguramente teremos cerca de mil que já viraram árvores adultas”, disse Rodrigo durante conversa com o TRIBUNA DE ITAPIRA.

Ele e o colega, destacam que embora este tipo de ação tenha sido feito por uma necessidade pontual – minimizar os efeitos do calor durante o período de treinamento ministrado no local – acabou sendo percebida pelos participantes do projeto de atletismo e pela direção da Secretaria como algo necessário. “Não tenho dúvida de que o processo do plantio destas árvores acabou tendo também uma finalidade educacional, já que incentivamos muitas crianças a pensarem na importância das árvores e na preservação do meio ambiente”, disse Nivaldo.

Segundo Nivaldo, atualmente, são cerca de 50 crianças e adolescentes envolvidos com o projeto. Ele listou dezenas de espécies, todas elas nativas, que foram plantadas ao longo dos anos e que por esse motivo se encontram em diferentes estágios de crescimento.

Seca

Rodrigo lembra que tudo começou com a seca severa que ocorreu no ano de 2014. “Tempo abafado, seco, e muito calor, condições totalmente adversas para nós que treinávamos, corríamos e fazíamos as pessoas correr, utilizando a nossa pista”, recorda. Aí surgiu a ideia de plantar árvores.

“Ficamos felizes em termos realizado este tipo de ação de uma forma intuitiva, sem planejamento prévio e o resultado hoje é visível. Temos fotografias do antes e do depois, não tem como não observar a diferença”, reforçou Rodrigo Vicente. Nivaldo observa ainda que além da questão da sombra e de melhores condições para a prática do atletismo, o local passou a ser povoado por espécies de pássaros que não davam o ar da graça antes do crescimento da vegetação.

Foto Paulo Bellini/Tribuna

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