A questão do recolhimento do lixo doméstico, após um novo período de dificuldades para a atual administração municipal, vai retornando à normalidade dentro da área urbana da cidade, com a realização da coleta nos dias programados para cada área, pelo menos até a fiscalização presencial que irá ocorrer a partir da Justiça e Ministério Público, conforme noticiado pelo Tribuna.

some text


Com relação aos bairros da zona rural que contam com coleta regular, a maior reclamação dos moradores diz respeito ao cumprimento das datas estabelecidas pela empresa responsável. O Tribuna verificou nesta segunda-feira, 17, a situação em três bairros diferentes da zona rural: Rio Manso, Machadinho e Tanquinho.

No Rio Manso, a informação foi a de que o recolhimento do lixo, que era feito às 4ªs e sábados, passou a ser feita somente uma vez por semana. O morador que conversou com a reportagem, informou que o caminhão de lixo tem passado somente aos sábados e considera que a diminuição da frequência no atendimento acaba gerando problemas com acúmulo de lixo. “Não é uma situação ideal, haja visto que aos finais de semana é gerado um volume maior, principalmente aos domingos”, ponderou.

No bairro do Machadinho, moradores dizem que a tabela de recolhimento às 2ªs e 5ªs nem sempre é cumprida. Uma moradora que se identificou como Daia, residente há cerca de 10 anos no local, disse que é comum o caminhão de lixo passar fora dos dias programados. “A gente acaba ficando sem referência a respeito da passagem do caminhão e isso dificulta deixar o lixo para fora de casa no dia certo”, comentou.

O aposentado Djalma Barros, 27 anos morando no Machadinho, também cobra uma maior regularidade das equipes de recolhimento. Conforme frisou, em abril, quando o problema do lixo saiu fora do controle por causa de problemas com a troca de empresas que prestam esse tipo de atendimento, o bairro ficou duas semanas sem ter o lixo levado embora. “Felizmente não tivemos mais um problema parecido com aquele, mas acho que dá para melhorar o atendimento”, colocou.

Desigual

No Tanquinho, a principal reclamação diz respeito a um suposto tratamento desigual da empresa que faz a coleta do lixo em relação a áreas distintas dentro do bairro. Um morador que pediu para ter a identidade preservada disse que é comum o caminhão do lixo deixar de lado o lixo em determinadas ruas. “Na segunda-feira, após o final de semana, a situação fica complicada nestes locais”, avaliou.

Duas moradoras que conversaram com a reportagem fizeram o mesmo relato. Uma delas, que se identificou como Elaine, disse que na rua de sua casa o caminhão de lixo tem feito a coleta, mas tem ouvido queixa de outros moradores que reclamam a falta do atendimento. Ela apontou para uma “lixeira coletiva”, dizendo que o lixo acondicionado corretamente é levado, mas as “sobras” ficam embaixo da lixeira, espalhadas, provocando além de uma má impressão, mal cheiro no local.

Maria Vera, também morando há mais de uma década no Tanquinho, disse que costuma deixar o lixo do lado de fora sempre às segundas e que quase não tem enfrentado problemas, mas admitiu que existe reclamação da ausência do recolhimento nas imediações. “É uma situação que traz problemas, principalmente porque existem pessoas que não pensam duas vezes em descartar esse lixo em terrenos baldios”, censurou.

O comerciante Nadir Moraes, o popular Montanha, afirmou que não tem ouvido relatos de queixas dos moradores com relação à coleta do lixo. “Aqui em casa o caminhão tem passado regularmente. Se tem havido problema em outras ruas, não fiquei sabendo”, declarou.

Fotos Tribuna de Itapira

Lixeira coletiva no Tanquinho: recolhimento somente dos sacos fechados
Lixo aguarda remoção no Machadinho: moradores se queixam da falta de programação

Deixe seu comentário

Seu e-mail não será publicado.