Neste ano a prefeitura irá gastar, considerando somente os contratos mais vultuosos com cantores e grupos musicais diversos, R$ 1,042 milhão, com apresentações pagas com o dinheiro do contribuinte, assunto, o qual, via de regra, costuma gerar bastante polêmica, principalmente em ano eleitoral, como é o caso agora.

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Neste ano, a Secretaria de Cultura e Turismo está aplicando mais que 50% do que o valor total gasto no ano passado – que chegou a R$ 693 mil, em eventos como o Festival Gospel, atração artística para a festa de Maio, Itapira Parque Rock e Rodeio. O levantamento feito pelo TRIBUNA DE ITAPIRA não leva em consideração gastos “inevitáveis” como é o caso do conjunto que anima o carnaval, cachê da Banda do Nheco e atrações pontuais, como por exemplo, aquelas que se apresentam na Feira Noturna e no recém lançado, “Projeto Comida de Boteco”.

No ano passado, para fazer um agrado ao público evangélico, Toninho Bellini pagou para a empresa Criative Music Ltda um valor de R$ 120 mil para ter uma apresentação do cantor gospel Anderson Freire. Dobrou a aposta neste ano e a conta ficou bem mais salgada, com R$ 160 mil pagos pela apresentação de outra estrela do universo gospel, a cantora Cassiane.

Para não deixar de fora a comunidade católica local, Bellini anuncia a apresentação na festa de Maio deste ano do cantor e influencer Flávio Vitor Junior, estrela reverenciada sobretudo pela corrente “carismática” da Igreja Católica, a um custo de R$ 84,5 mil. No ano passado, a atração também foi estelar, com a apresentação de Tony Allyson, outro cantor que possui um público fiel entre os católicos, só que a um custo menor: R$ 80 mil.

Rock

Os gastos maiores com cachês foram empenhados em apresentações de artistas reverenciados nacionalmente, durante as apresentações no Itapira Parque Rock (previsto para ocorrer em Julho deste ano) e na Festa do Peão, o Itapira Rodeio Show, cuja produção é terceirizada pela prefeitura.

O Festival de Rock do ano passado custou R$ 255 mil, com R$ 130 mil para Humberto Gessinger, fundador da Banda Engenheiros do Havaí, que fez muito sucesso no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. O Biquini Cavadão, outra lenda do chamado ‘Pop Rock nacional”, cantou por R$ 125 mil.

Segundo números confirmados pela prefeitura ao Tribuna, o festival deste ano vai custar mais em cachês artísticos R$ 443 mil, quase duas vezes mais do que aquilo que foi gasto no ano passado. Conforme aquilo que foi anunciado, os R$ 443 mil serão gastos com o grupo Plebe Rude (R$ 58 mil); a banda Ira! (R$ 135 mil) e outros R$ 250 mil com a lendária banda Paralamas do Sucesso, do cantor Herbert Vianna.

Sertanejo

Os custos mais salgados, porém, devem ser atribuídos aos cachês pagos para levar público gratuitamente ao Recinto Agropecuário ‘Carmen Ruete de Oliveira’, durante a realização do Rodeio Show. No ano passado, a prefeitura arcou com despesas de R$ 238 mil junto à empresa Four Even Eventos Ltda, para trazer a Itapira a dupla César Menotti & Fabiano.

Para o evento deste ano, a Secretaria de Cultura e Turismo assegurou a participação do cantor Daniel, a um custo de R$ 355 mil, também objetivando proporcionar uma atração gratuita aos itapirenses que curtem a tradicional Festa do Peão local, rebatizada de “Itapira Rodeio Show”, que neste ano vai ocorrer de 24 a 27 de julho.

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